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Brasileira com febre amarela morre na Guiana Francesa ,diz OMS

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Brasileira morre de Febre Amarela na Guiana Francesa,diz OMS


Em 22 de agosto de 2017, o the National IHR Focal Point for France notificou um caso fatal confirmado de febre amarela em uma brasileira de 43 anos de idade na Guiana Francesa, com status de vacinação desconhecido.


A paciente foi hospitalizada em 7 de agosto de 2017 e morreu em 9 de agosto de 2017 no hospital de Caiena  de hepatite fulminante. Ela pode ter visitado uma área de mineração de ouro perto de St. Elie (centro norte do país). Atualmente, as investigações estão em andamento para identificar a rota de viagem do paciente.

Em 21 de agosto de 2017, o caso foi confirmado em laboratório no centro nacional de referência para arbovírus, Instituto Pasteur Cayenne por RT-PCR. Este é o primeiro caso confirmado diagnosticado neste território desde 1998.

Na Guiana Francesa, a febre amarela é considerada endêmica. A cobertura global da imunização é boa, uma vez que a vacinação contra a febre amarela é obrigatória, mas a cobertura da imunização pode ser baixa em populações específicas, como trabalhadores clandestinos e ilegais. Portanto a vacinação será implementada em áreas legais e ilegais de prospecção de ouro.


Resposta de saúde pública

As autoridades de saúde da Guiana Francesa estão implementando várias medidas de saúde pública:
Uma investigação inicial foi realizada e outras investigações estão em andamento.

As intervenções de controle vetorial estão sendo implementadas, especialmente em zonas visitadas pela paciente. Estas incluem instalações de saúde em Caiena e Kourou, localidades do interior em torno de Saint Elie e na área do rio Bas-Oyapock.

É considerada a viabilidade de vacinação direcionada aos trabalhadores em áreas de mineração de ouro legais e ilegais.
Comunicações e mensagens sobre medidas de prevenção da febre amarela estão sendo divulgadas na Guiana Francesa, inclusive para pessoas que vivem nessas áreas.

Avaliação de risco da OMS

A febre amarela é uma doença hemorrágica viral aguda que tem o potencial de se espalhar rapidamente e causar graves impactos na saúde pública em populações não imunizadas. A vacinação é o meio mais importante para prevenir a infecção.

A Guiana Francesa é considerada em risco de transmissão da febre amarela. É necessário um certificado de vacinação contra febre amarela para viajantes com mais de um ano de idade. A cobertura de vacinação na Guiana Francesa é ótima, no entanto, a cobertura em algumas populações, como os trabalhadores clandestinos, em áreas de mineração pode ser mínima e, portanto, em risco de infecção da febre amarela.

Embora o local exato da infecção permaneça sob investigação, a área geográfica mais provável da infecção parece estar em torno da fronteira entre a Guiana Francesa e o Brasil ao longo do rio Oiapoque.

Nessa fase e de acordo com os dados preliminares, este caso não está relacionado epidemiologicamente com os surtos de febre amarela silvestre relatados no Brasil desde janeiro de 2017. É necessária uma sequenciação e comparação com cepas de vírus da febre amarela de outros países para entender a ligação potencial entre os diferentes surtos e a evolução do vírus da febre amarela. Com base nas informações atualmente disponíveis sobre situação epidemiológica e ações iniciais de saúde pública, o potencial de grande disseminação epidêmica e internacional existe, mas é limitado e pode ser ainda mais reduzido pela vacinação.

Conselho da OMS

O conselho aos viajantes que planejam visitar áreas em risco de transmissão da febre amarela na América do Sul inclui:

Vacinação contra a febre amarela pelo menos 10 dias antes da viagem. Uma dose única de vacina da febre amarela é suficiente para conferir imunidade sustentada e proteção ao longo da vida contra a febre amarela. Não é necessária uma dose de reforço da vacina.
Observação de medidas para evitar mordidas de mosquito.
Consciência sobre sintomas e sinais de febre amarela na população em geral.
Promoção do comportamento de busca de cuidados de saúde durante a viagem e após o retorno de uma área em risco de transmissão da febre amarela, especialmente para um país onde o estabelecimento de um ciclo de transmissão local é possível (ou seja, onde o vetor competente está presente).

Este relatório de caso ilustra a importância de manter a conscientização sobre a necessidade de vacinação contra a febre amarela, especialmente em áreas com ecossistema favorável para a transmissão da febre amarela.

A febre amarela pode ser facilmente evitada através da imunização, desde que a vacinação seja administrada pelo menos 10 dias antes da viagem. Uma dose única de vacina da febre amarela é suficiente para conferir imunidade sustentada e proteção ao longo da vida contra a febre amarela e não é necessária uma dose de reforço da vacina.

A OMS, portanto, insta os Estados membros a fortalecer o controle do status de vacinação dos viajantes para todas as áreas potencialmente endêmicas. Os viajantes que retornam com Viremia podem representar um risco para o estabelecimento de ciclos locais de transmissão da febre amarela em áreas onde o vetor competente está presente. Se houver razões médicas para não ser vacinado, isso deve ser certificado pelas autoridades competentes.

Traduzido e editado
Se copiar é obrigatório citar o link do Blog AR NEWS
Fonte: OMS

O WHO não recomenda que seja aplicada uma restrição geral de viagem ou comércio na Guiana Francesa com base nas informações disponíveis para este evento.

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