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ALAGOAS : ESTADO PRECISA FAZER CONCURSO PARA SUPRIR FALTA DE MÉDICOS

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ESTADO PRECISA FAZER CONCURSO PARA SUPRIR FALTA DE MÉDICOS

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Quando o governo enfrenta qualquer atraso de repasse de verbas federais, as primeiras vítimas de suspensão dos salários são os médicos prestadores de serviços. Depois da ameaça de paralisação, na semana passada, os salários atrasados foram pagos. Mas o Estado não atrasaria o pagamento, caso os médicos em questão – que correspondem a mais de 60% dos que estão em atividade hoje na rede estadual – fossem concursados.

Demissões voluntárias (devido aos baixos salários e falta de condições éticas de trabalho), aposentadorias e mortes (muitas prematuras, decorrentes de doenças causadas pelo estresse) contribuíram para a redução drástica do número de médicos no serviço público estadual. Mas o governo, ao invés de realizar concurso público, faz contratações precarizadas, sem vínculo e sem garantias trabalhistas. Quando falta dinheiro no caixa, o pagamento desses prestadores de serviços é o primeiro a ser suspenso.

O último concurso público para a saúde aconteceu em 2004. Em 2007, cansados de lutar por um salário digno em Alagoas e vendo surgirem oportunidades em outros estados, muitos médicos pediram demissão e deixaram Alagoas. O processo voltou a se acentuar em 2011. Esses médicos foram sendo substituídos por prestadores de serviços, mas em proporção inferior ao número de vagas abertas. Hoje, mesmo com tantos prestadores de serviços, existe uma grande carência de médicos na rede pública estadual.



O Sindicato dos Médicos só vê uma solução para o problema: realização de concurso público. Mas o concurso só atrairá candidatos ser o salário for bom e as condições de trabalho adequadas. Além de médicos efetivos e salários dignos, Alagoas precisa de mais hospitais públicos. A capacidade do HDT precisa ser restaurada. Os ambulatórios 24 horas precisam ser ampliados, reestruturados e redimensionados para se adequarem ao crescimento populacional dos bairros que atendem. Muita coisa precisa ser feita pela saúde pública estadual.

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