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PSF: SINMED-AL VAI INTENSIFICAR DENÚNCIAS

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O Sinmed vai reunir médicos que atuam no PSF em Alagoas para uma nova avaliação das condições de trabalho e de remuneração da categoria. A ideia é ouvir profissionais dos 102 municípios alagoanos para saber detalhes sobre a estrutura de atendimento nos postos de saúde e para as visitas domiciliares, rede de contra-referência, modalidade de contratação do profissional, carga horária efetiva, benefícios trabalhistas, salários e se o pagamento é feito em dia.

Os debates acontecerão durante o II Encontro Estadual sobre o PSF, que será realizado em duas etapas: na próxima sexta-feira, dia 22, no auditório do Sinmed, em Maceió, a partir das 8 horas; e na sexta-feira, dia 29, no Espaço CRIA, em Arapiraca, a partir das 13h30. Em Maceió, serão reunidos profissionais que atuam na Capital, municípios da região metropolitana, litorais Norte e Sul e zona da mata. Em Arapiraca, o encontro será com o pessoal do Agreste e Sertão.

O Sinmed convidou procuradores do Ministério Público Federal sediados nas representações da Procuradoria da República em Maceió e em Arapiraca, Conselho Regional de Medicina de Alagoas e gestores municipais – prefeitos e secretários de saúde. Todos os médicos que atuam em equipes do PSF estão convocados e devem fazer um esforço para comparecer.

A partir do que for dito e anotado no encontro com os médicos, o Sinmed vai intensificar as denúncias contra os municípios que desvirtuam o programa federal, propondo cargas horárias reduzidas para pagar salários irrisórios, contratando prestadores de serviços ao invés de promoverem concurso público e promovendo trocas constantes de médicos, impossibilitando a criação de elo entre as comunidades e os médicos da família.

O Sinmed também pretende reforçar as denúncias sobre a falta de condições de trabalho, em postos de saúde desestruturados, desaparelhados e constantemente desabastecidos. Além disso, pretende que os médicos relatem as dificuldades que enfrentam por não terem como solicitar exames e nem pra onde encaminhar pacientes que precisam de procedimentos e acompanhamentos que não podem ser feitos em postos de saúde do PSF.

Todas as reclamações sobre o péssimo funcionamento do PSF terminam recaindo sempre sobre os médicos. Eles são acusados de mercenarismo, por reivindicarem salários dignos, e chamados de incompetentes, quando não conseguem resolver casos em que os conhecimentos médicos não são suficientes (quando faltam recursos diagnósticos e hospitais para encaminhar os doentes). A intenção do Sindicato é mostrar que os médicos não têm culpa e que a falta de investimentos das prefeituras na saúde pública é que é a grande vilã da história. Os médicos também são vítimas.

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