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Sobre a febre hemorrágica da Crimeia-Congo : carrapatos Hyalomma e os Nairovirus

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Febre hemorrágica viral é o termo genérico utilizado para denominar uma doença severa, algumas vezes associada a hemorragias e que pode ser causada por vários vírus. Nesse grupo estão incluídas as infecções causadas por vírus Arenaviridae (Lassa fever, Junin e Machupo), _Bunyaviridae_ (febre da Crimeia-Congo, febre do Vale do Rift, Hantaviroses), Filoviridae (Ebola e Marburg) e Flaviviridae (febre amarela, dengue, febre do Omsk, doença da floresta de Kyasanur).

Sobre a febre hemorrágica da Crimeia-Congo:
- agente etiológico: a tick-borne virus (Nairovirus) da família Bunyaviridae

- principal vetor: carrapatos do gênero  Hyalomma ,


- reservatórios: animais silvestres e domésticos (gado, caprinos, ovinos);

- distribuição: a doença é endêmica na África, Bálcãs, Oriente Médio e Ásia, em países ao sul do paralelo 50º N, limite geográfico do principal carrapato vetor. Para conhecer as áreas de ocorrência da febre da Crimeia-Congo, veja o mapa:


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- quadro clínico: após um período de incubação que varia entre 1 a 3 dias (máximo: 9 dias) na transmissão através da picada do vetor ou 5 a 6 dias (máximo: 13 dias) quando infecção através do contato com materiais biológicos infectantes, se inicia subitamente febre, mialgia, cefaleia, tontura, cervicalgia, dor lombar, ardência ocular e fotofobia.Náusea, vômitos, dor abdominal (principalmente em hipocôndrio direito), hepatomegalia e odinofagia são freqüentes.


A partir do segundo dia alterações do humor, confusão mental e sonolência podem ocorrer.

Outros sinais/sintomas clínicos incluem: linfadenopatia, exantema petequial, equimoses, hemorragias, hepatite (com insuficiência hepática), insuficiência renal e insuficiência respiratória ocorrem nos casos mais graves após o 5º dia de doença. A taxa varia de 10% a 40% e ocorre na segunda semana;


- tratamento: fundamentalmente suporte clínico, mas há evidências do benefício do uso de ribavirina;


- transmissão: primariamente se dá através da picada de carrapatos e de animais de criação. A transmissão pessoa-pessoa ou animal-pessoa pode ocorrer em situações em que há o contato direto com sangue, secreções, fluídos e órgãos, de indivíduos ou animais infectados. A maioria dos casos ocorre em indivíduos que atuam com atividades de pecuária (criadores, profissionais de abatedouro, veterinários). Transmissão intra-hospitalar pode ocorrer;


- não há vacinas para proteção de pessoas e/ou animais;


- diagnóstico: ELISA, reação de neutralização, detecção de antígenos, PCR, isolamento viral, imunohistoquímica;


Para saber mais sobre a doença, acesse:
PROMED

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